Membros
do Sindiguardas/Aprospec, do Fórum Unificado dos Servidores Públicos de
Fortaleza e de outras entidades se reuniram novamente com representantes da
Prefeitura da Capital. A pauta da reunião: o reajuste salarial dos servidores.
A data base do Município é 1º de janeiro, mas, até agora,
não houve uma definição entre as categorias sobre o reajuste salarial e
especificidades inerentes a cada classe de servidores.
No encontro desta quinta feira, acertado pelo Governo
Municipal, na última reunião com a categoria, ainda 18 de fevereiro, o prefeito
Roberto Claudio não compareceu. O gestor foi representando pelos Secretários de
Planejamento e Gestão de Fortaleza, Philipe Nottingham, de Finanças, Jurandir
Gurgel, o titular do Iplanfor- Instituto de Planejamento de Fortaleza, Eudoro
Santana e o Procurador Geral do Município, José Leite Jucá. A
pauta possuía dois itens: a definição de modelo de diálogo – cronograma de
encontros das mesas específicas de negociação- e o reajuste geral dos servidores.
Mas, devido a complexidade dos temas, os debates giraram apenas em torno da definição
do índice de reajuste salarial.
Pela
primeira vez a Prefeitura de Fortaleza apresentou uma contra proposta para a de
15,25% (13% de perdas salariais acumuladas desde 2009 somado a 2,25% de ganho
real) sugerida pelos representantes da categoria. A contra proposta apresentada
é de apenas 5%, somada ao que ficar definido durante as discussões das
gratificações específicas de cada classe de servidores. Além disso, foi
proposto um reajuste de 9% do piso municipal – hoje de 678 reais – que passaria
a valer 708 reais.
O
motivo do índice de aumento ser de apenas 5%, cerca de um terço do índice
apresentado pelos servidores, seria uma suposta crise financeira pela qual a Prefeitura
de Fortaleza passa.
Eudoro
Santana, titular do Iplanfor e da equipe de transição do Governo, disse que a Prefeitura
estaria mergulhada em dívidas. Eudoro afirmou que a gestão do PT deixou uma
“expectativa” de 200 milhões de reais nos cofres da Administração - já que o
dinheiro é “pré-arranjado”, oriundo de empréstimos e repasses-, para os
pagamentos no geral a serem feitos. Porém, ainda segundo o titular do Iplanfor,
como os pagamentos da Administração Pública são feitos mediante empenho, uma
espécie de ordem de pagamento, e não foram feitos na Administração passada, as
dívidas se acumulam. Hoje a Prefeitura teria uma dívida com credores em torno
de 700 milhões de reais.
Já de acordo com o Secretário de Planejamento, Orçamento
e Gestão, Philipe Nottingham, a arrecadação própria do Município (Fonte 100)
gira em torno de 2,2 bilhões de reais, onde: 1,1 bilhão de reais é para
pagamento de pessoal, 840 milhões para contratos e 360 milhões para pagamentos
de investimentos já feitos. Do somatório
se teria um déficit de 100 milhões de reais.
Os representantes do governo também propuseram
estabelecer o primeiro dia útil de cada mês para o pagamento de todas as
categorias- hoje o pagamento é dividido em 3 datas diferentes.
A
proposta apresentada não agradou os representes dos servidores, que vão voltar
a mesa de negociação no dia 14 de março (próxima quinta-feira), às 15 horas,
novamente no Paço Municipal de Fortaleza. Na reunião os representantes voltam a
debater a questão do reajuste salarial e também vão definir o modelo de
diálogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário