PRIMEIRA PARADA: TERMINAL DO CONJUNTO CEARÁ.
Diretores SINDIGUARDAS/Terminal Conjunto Ceará |
O SINDIGUARDAS volta a visitar os terminais de ônibus da
cidade. Afinal, diariamente milhões de usuários de transporte público circulam
nos equipamentos. Para conferir de perto como andam a segurança dos usuários,
as condições de trabalhos dos guardas municipais e a conservação do próprio
terminal, diretores do sindicato continuam as visitas aos equipamentos.
No Terminal do Conjunto Ceará uma preocupante realidade: a
sala da guarnição foi transformada em local para o cadastramento do chamado “bilhete
único”- programa da prefeitura de Fortaleza. Os guardas foram retirados da
sala, mas a guarnição não foi transferida para outro espaço do terminal,
simplesmente não existe mais. Sem sala própria, os servidores não possuem um
espaço para guardarem seus equipamentos individuais e coletivos, não possuem um
banheiro reservado e sequer tem direito a água. Lembramos que são 12 horas de
serviço no terminal.
O equipamento possui guardas fixos, mas sem o devido apoio
das viaturas. Os servidores denunciam que não existe uma permanência de
viaturas da Guarda Municipal de Fortaleza no terminal e que não há um dia certo
para que a equipe/viaturas preste apoio aos guardas do local.
Antiga Guarnição. Agora sala de cadastramento |
Os diretores do SINDIGUARDAS também aproveitaram a visita
para repassar informações importantes: dia 1 de julho, representantes do sindicato
irão se reunir com o Secretário de Segurança Pública de Fortaleza, Veras e com
o atual diretor da GMF, Azevedo. Oportunidade, na qual, irão ser apresentadas e
debatidas as soluções para as demandas dos servidores.
Sobre a situação da falta de guarnição, os diretores
anteciparam a informação, repassada pelo próprio diretor da GMF, Azevedo, de
que a ETUFOR irá realizar reformas nos terminais, destinando um local
especifico para as guarnições. Mas, é importante ressaltar que o diretor da GMF
não falou em prazos. O SINDIGUARDAS continua cobrando datas.
Os guardas do terminal do Conjunto Ceará também denunciaram
que o equipamento é palco de assaltos a mão armada e furtos. Outro grande
problema a ser enfrentado, principalmente a noite, é o consumo de drogas no
terminal e na praça que fica ao lado do equipamento. Pelo fato de não estarem
armados, os guardas, quando são acionados para agir nessas situações, não
conseguem atender de forma plenamente satisfatórias as demandas, o que acaba
causando revolta nos usuários.
Ressaltamos que o SINDIGUARDAS vem lutando pelo armamento da
Guarda Municipal de Fortaleza e Região Metropolitana.
SEGUNDA PARADA: TERMINAL DO SIQUEIRA.
Sala da Guarda depredada |
Assim que os diretores do SINDIGUARDAS chegaram no terminal
do Siqueira logo foram informados do ocorrido no último final de semana.
Segundo os guardas, um homem, suspeito de ter realizado um assalto, estava
sendo linchado pelos usuários do terminal. Receosos de que o pior poderia vir a
ocorrer- morte do suspeito, e claro, exercendo o dever de manter e reestabelecer
a ordem no terminal, dois guardas agiram. Mesmo sem o devido equipamento o sub-inspetor
Resende e o gd. Naason chamaram reforço, retiraram o sujeito do meio dos usuários
e o prenderam na guarnição.
Nesse momento, os usuários se revoltaram, seguiram os
guardas, os xingaram, jogaram pedras que quebraram os vidros da porta da sala e
tentaram invadir o espaço. O reforço chegou o suspeito foi preso e o clima
ficou mais tranquilo.
Mas o episódio violento relatado pelos guardas neste final de
semana não é um fato isolado no terminal do Siqueira. Um fiscal da ETUFOR
denuncia que todas as noites são poucos os servidores de plantão no equipamento.
Afirma que, muitas vezes, são dois ou apenas um guarda trabalhando durante a
noite. O fiscal ressalta que já aconteceu do serviço ser prestado por apenas
uma guarda mulher.
Os guardas do equipamento afirmam que antes, na gestão
passada, havia uma guarnição formada por 4 guardas no período noturno, um
número insuficiente que não atendia completamente a demanda, mas pelo menos inibia a ação de marginais.
Com o efetivo, ainda mais reduzido, o número de assaltos no
terminal voltou a aumentar principalmente no turno da noite.
Os diretores conversaram com o chefe de operações do equipamento
que se queixou da falta de informações sobre o novo comando dos terminais e o modo
de atuação da Guarda por parte do diretor da GMF, Azevedo. O chefe de operações
também relatou que a média geral de guardas por plantão é 5.
Mas, assim como o
fiscal da ETUFOR, ressaltou que em alguns plantões apenas 1 guarda trabalha e,
nessas ocasiões, uma viatura da GMF recolhe o servidor para compor outra equipe
em outro terminal. Conclusão: o terminal do Siqueira fica desguarnecido.
De acordo com os guardas de plantão- em escala
extraordinária, só dois servidores são fixos do equipamento, o restante, 3, são
todos “extras”. Eles afirmam que as vezes, todos os guardas trabalhando no
equipamento são “extras”.
Segundo o diretor do SINDIGUARDAS, Ailton Honorato todas as
demandas estão sendo absorvidas pelo sindicato. “Nesse inicio das atividades
estamos realizando as visitas no turno diurno, mas a intenção é também ir aos
terminais durante o turno da noite. O sindicato quer acompanhar de perto as
condições de trabalho dos servidores, além de escutá-los. O objetivo é levar a
demanda e tentar encontrar soluções junto com o Secretário de Segurança e o Diretor
da GMF” afirmou Ailton Honorato.
DIRETORES PRESENTES NAS VISITAS:
Bruno Brandão
Ailton Honorato de Lima
Esli Pompeu
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