quarta-feira, 3 de abril de 2013

GUARDAS MUNICIPAIS DE FORTALEZA DENUNCIAM IRREGULARIDADES NA DIREÇÃO DA SECRETÁRIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DA CAPITAL.



             Os guardas municipais se reuniram, nesta quarta feira, 03 de março, em frente a  sede do Sindiguardas  e seguiram em um cortejo fúnebre, simbolizando o enterro do Secretário de Segurança de Fortaleza. O cortejo teve como destino a sede da Guarda Municipal de Fortaleza, quando as denúncias contra o Secretário começaram a ser apresentadas.
          As denúncias contra o titular da pasta são inúmeras, entre elas: as péssimas condições de trabalho (viaturas sucateadas, a sede da GMF está com estrutura física comprometida,...), o fato de não existir um Plano de Gestão (o Secretário ficou de apresentar o planejamento em janeiro, mas até agora não apresentou) e não há um posicionamento sobre o armamento dos guardas municipais.  
         Outra denúncia grave, envolvendo o secretário, é a reabertura de postos que recentemente foram fechados. O motivo do fechamento: a falta de estrutura física dos espaços e alto índice de criminalidade dos mesmos. O Secretário de Segurança de Fortaleza, atendendo pedidos de outros secretários, estaria reativando esses postos, e assim, colocando os trabalhadores em risco de morte.
         Mas as irregularidades não param por aí, o contrato com a Fundação Paulista (de São Paulo) foi renovado. Lembramos que a fundação, na gestão passada, recebia 120 mil reais por mês para realizar uma pesquisa de índice de criminalidade. Mas a pesquisa na prática nunca foi utilizada para beneficiar ou melhorar a atuação dos profissionais da GMF. Com a renovação do contrato, a situação se repete: dinheiro público indo pelo ralo, sendo investido em projetos sem uma finalidade concreta.
         O secretário de segurança deslocou 9 guardas  municipais  para realizar a sua segurança particular, o que é ilegal. De acordo com a Lei Orgânica do Município o Secretário não pode nomear os servidores para fazer sua segurança pessoal. Agindo desta forma, ele lembra um episódio da gestão passada. O secretário age de forma bem parecida com a da ex- prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, lembra que esta colocou 12 guardas municipais para realizar a segurança particular da sua mãe?
         Outro fato de deixar qualquer servidor indignado: um guarda municipal, lotado no DRAF, está no Canadá, realizando um curso, mas continua recebendo remuneração como se estivesse trabalhando normalmente. O salário do servidor é pago religiosamente todos os meses, com a anuência do secretário de segurança.
         No inicio da sua gestão, o secretário foi alertado sobre profissionais, de caráter duvidoso, que foram nomeados na gestão passada e faziam parte do quadro de direção da GMF. O objetivo era que logo no inicio, o titular da pasta afastasse essas pessoas. Fazendo uma verdadeira “limpeza”. Mas, mesmo tendo a lista com o nome dessas pessoas - muitos respondem processos que colocam em questão a o caráter deles- o secretário optou por deixa-los nos cargos. Estranho, não?
Por todos os motivos expostos a categoria não pode ficar inerte. Os guardas municipais pedem que o atual Secretário de Segurança de Fortaleza seja exonerado do cargo.    

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