Os guardas municipais se reuniram, nesta quarta feira, 03 de março, em frente a sede do Sindiguardas e seguiram em um cortejo fúnebre, simbolizando
o enterro do Secretário de Segurança de Fortaleza. O cortejo teve como destino
a sede da Guarda Municipal de Fortaleza, quando as denúncias contra o Secretário
começaram a ser apresentadas.
As denúncias contra o titular da pasta são
inúmeras, entre elas: as péssimas condições de trabalho (viaturas sucateadas, a
sede da GMF está com estrutura física comprometida,...), o fato de não existir
um Plano de Gestão (o Secretário ficou de apresentar o planejamento em janeiro,
mas até agora não apresentou) e não há um posicionamento sobre o armamento dos
guardas municipais.
Outra denúncia
grave, envolvendo o secretário, é a reabertura de postos que recentemente foram
fechados. O motivo do fechamento: a falta de estrutura física dos espaços e
alto índice de criminalidade dos mesmos. O Secretário de Segurança de
Fortaleza, atendendo pedidos de outros secretários, estaria reativando esses postos,
e assim, colocando os trabalhadores em risco de morte.
Mas as
irregularidades não param por aí, o contrato com a Fundação Paulista (de São
Paulo) foi renovado. Lembramos que a fundação, na gestão passada, recebia 120
mil reais por mês para realizar uma pesquisa de índice de criminalidade. Mas a
pesquisa na prática nunca foi utilizada para beneficiar ou melhorar a atuação
dos profissionais da GMF. Com a renovação do contrato, a situação se repete:
dinheiro público indo pelo ralo, sendo investido em projetos sem uma finalidade
concreta.
O secretário de
segurança deslocou 9 guardas municipais para realizar a sua segurança particular, o
que é ilegal. De acordo com a Lei Orgânica do Município o Secretário não pode nomear
os servidores para fazer sua segurança pessoal. Agindo desta forma, ele lembra
um episódio da gestão passada. O secretário age de forma bem parecida com a da
ex- prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, lembra que esta colocou 12 guardas
municipais para realizar a segurança particular da sua mãe?
Outro fato de deixar qualquer servidor
indignado: um guarda municipal, lotado no DRAF, está no Canadá, realizando um
curso, mas continua recebendo remuneração como se estivesse trabalhando normalmente.
O salário do servidor é pago religiosamente todos os meses, com a anuência do
secretário de segurança.
No inicio da sua gestão, o secretário
foi alertado sobre profissionais, de caráter duvidoso, que foram nomeados na
gestão passada e faziam parte do quadro de direção da GMF. O objetivo era que
logo no inicio, o titular da pasta afastasse essas pessoas. Fazendo uma
verdadeira “limpeza”. Mas, mesmo tendo a lista com o nome dessas pessoas - muitos
respondem processos que colocam em questão a o caráter deles- o secretário
optou por deixa-los nos cargos. Estranho, não?
Por todos os motivos expostos a
categoria não pode ficar inerte. Os guardas municipais pedem que o atual
Secretário de Segurança de Fortaleza seja exonerado do cargo.
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